O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a protagonizar polêmica ao utilizar suas redes sociais para declarar apoio explícito às manifestações realizadas pelo PT contra a anistia e PEC da blindagem. Em sua conta no X (antigo Twitter), o magistrado exaltou a mobilização e a classificou como uma “prova viva da força do povo brasileiro na defesa da democracia”.

Na publicação, Gilmar destacou que as manifestações foram também um gesto de apoio ao Supremo e defendeu que a Corte agiu “à altura de sua história”, responsabilizando os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. O ministro ainda pregou a construção de um “pacto nacional” entre Executivo, Legislativo e Judiciário para garantir avanços em áreas como economia, segurança pública, meio ambiente e justiça social.

A manifestação, no entanto, foi vista com reservas e críticas por diferentes setores da sociedade. Para opositores, a fala expõe o lado político do ministro, que deveria prezar pela imparcialidade no exercício de sua função. Críticos afirmam que, ao se alinhar publicamente a atos organizados por um partido político, Gilmar confunde os limites entre a defesa da democracia e a adesão a uma pauta partidária.

A enxurrada de críticas recebidas após a postagem reforça o debate sobre a atuação dos ministros do STF nas redes sociais. Para analistas, ao se envolver em disputas narrativas, magistrados colocam em risco a credibilidade e a imparcialidade da Corte, aumentando a percepção de politização de um poder que deveria ser independente e técnico.