
A convite do prefeito do Recife, João Campos, o procurador-geral do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), esteve nessa quarta-feira (1º) na prefeitura para conhecer as ações que estão sendo adotadas neste momento emergencial por conta do maior desastre provocado pelas chuvas na cidade. Desde os primeiros momentos, com o trabalho de mais de 3.000 servidores, a capital tem tido uma atuação próxima para a proteção das vidas, no abrigamento, assistência aos atingidos, além da limpeza e reordenamento da cidade, se tornando referência para o restante das áreas atingidas.
O prefeito frisou a importância de desde o início buscar o diálogo com todos que fazem a cidade. “Nós temos dialogado com o Tribunal de Contas, com o Ministério Público, também vamos dialogar com o Poder Judiciário, diante de uma catástrofe dessa magnitude na cidade. Não se tem nada registrado nos últimos 50 anos. Isso vai inspirar soluções inovadoras, disruptivas, que a gente possa não só intensificar o que estava fazendo, mas que também possa discutir com todo mundo alternativas para proteger ainda mais os recifenses e construir esses novos caminhos”, disse João Campos.
O procurador-geral, Paulo Augusto de Freitas Oliveira, destacou o trabalho do prefeito diante de um cenário tão desafiador. “Aqui eu quero registrar a importância deste momento, porque o prefeito do Recife se antecipa às discussões nos convidando para conhecer o seu plano de ação e todo o seu planejamento para este momento”, afirmou. Ele ainda explicou o trabalho que está sendo realizado pelo MPPE. “O Ministério Público, desde o último sábado, instalou um gabinete de acompanhamento desta crise, composto por membros, de diversas áreas, uma atuação institucional plural. Ela ocorre em várias áreas, desde a cidadania, a área de urbanismo, meio ambiente, e o intuito é justamente de buscar orientações para todos os promotores que atuam nessas áreas visando uma atuação uniforme, uma atuação colaborativa de um diálogo muito aberto com os gestores”, detalhou.
A prefeitura do Recife informa que, nessa quarta-feira (1º), 3.828 pessoas continuam desabrigadas e desalojadas em 59 equipamentos que estão funcionando provisoriamente como abrigos e pontos de apoio, dentre eles estão 17 escolas e creches municipais. Desde o sábado (28), a Defesa Civil do Recife recebeu 188 chamadas para atender ocorrências críticas, especialmente nas comunidades Jardim Monte Verde (Ibura), Milagres (Barro), e CAIC Barro e Sítio dos Macacos (Dois Irmãos). Até o momento, a Secretaria de Saúde do Recife confirmou 52 óbitos de moradores do município e 2 pessoas continuam desaparecidas.
