Ministro de Minas e Energia, Fernando Filho foi notificado, na segunda-feira (22), sobre o processo, que corre na Comissão de Ética do seu partido. Tem 10 dias para apresentar defesa. De antemão, o presidente, Carlos Siqueira, que assinou pedido de impeachment de Michel Temer, já avisou: “A posição dele é de confrontação e é ele que está confrontando. Não somos nós.
Mas nós levaremos às últimas consequências”. Siqueira admite que Fernando Filho mantenha-se no ministério. No entanto, adverte: “As consequências virão. Não há dúvida nenhuma”. Ontem, ele e o ministro chegaram a trocar mensagens de celular, depois que Fernando tentou ligar, mas Siqueira estava em uma palestra em Goiania.
O alerta, feito pelo dirigente, chega dois dias após o ministro ter ido à mesa com o próprio Temer, a quem disse que, diante da situação de seu partido rachado, não queria ser responsável por gerar mais instabilidade ao governo. Chegou a colocar o cargo à disposição, informando que entenderia se ele precisasse do ministério para compor, mas o presidente devolveu que sua permanência, diante da agenda cumprida pela pasta, era imprescindível.
Quando Siqueira fala em levar o caso às últimas consequências, isso pode significar expulsão. Nos bastidores, alguns partidos já relatam que abririam as portas ao ministro e a deputados, também alvos de sanções no PSB. Nos últimos dias, a Juventude do PSB chegou a postar, na rede social, a seguinte mensagem: “Pede para sair, Bezerra! Esse ministério não nos pertence”. Fernando tem adotado o silêncio. Ontem, nova denúncia foi apresentada contra ele.
